Gerados por apenas uma pessoa,com uma finalidade, aparência, nome e
sigilo pré definidos. O termo “Tulpa” se originou no folclore tibetano e
refere-se exatamente a um ser criado pela força mental e de Vontade do
praticante.
O Nome e o Sigilo/representação servem como forma de controlar a
entidade. Através deles você a alimenta com sua energia,chama quando
necessário e concede ordens. E também é a forma de Destruí-los antes que
se tornem demasiado inconvenientes.
Existem infinitas formas de se criar um serviçal Astral. Desde usando
elementos Naturais, sangue, “éter”, Luz, inúmeras variações de ritos,
entretanto todos combinam em um ponto:
O servo deve ser alimentado, dependendo da imaginação de seu Criador para existir.
A tulpa, no budismo tibetano, é uma entidade astral criado inteiramente
pela intenção e visualização sozinho. Na filosofia ocidental, o termo "forma de
pensamento" é geralmente usado. Foi teorizado que as pessoas podem
inadvertidamente criar formas-pensamento negativas para si mesmos em
suas próprias auras que, quando visto através do 3º olho, pode olhar
aborrecido e / ou barrenta na cor e pode ser visto representados como
tendo tentáculos ou acordes elétricos (para representar sua natureza
parasítica)
Assim, desde textos antigos da era do bronze até tratados
mais recentes de ocultismo tratam do assunto. Como criar a vida sem a
necessidade de parir. Nasceram assim os Golens, Dolens, Tulpas,
Homúnculos, Elementais, servos, etc.. a história está cheia de exemplos,
e diferente do que se pode imaginar essas criaturas não são apenas
mitos.
Tradicionalmente um 'Elemental Artificial' é uma entidade astral
criada pela vontade e imaginação de um feiticeiro e trazida à vida com
sua própria força vital, para cumprir um propósito específico. Por
razões práticas e para evitar cair na especulação, pessoalmente prefiro
entender estes seres simplesmente como:
amigos imaginários que funcionam. Essa definição é boa porque cala tanto os críticos como os dependentes de explicações.
Estes seres podem servir a uma infinidade de propósitos - podem ser
espiões, mercenários, vigilantes, mensageiros, arruaceiros, encostos,
curadores, ou protetores de pessoas, coisas e lugares. Eles se diferem
dos Familiares e Demônios Pessoais por terem mais autonomia e uma ligação menos pessoal com o feiticeiro; e também se distinguem dos Demônios Tradicionais por
serem menos poderosos e menos inteligentes. Em outras palavras
servidores são ideais para cumprirem tarefas simples que o magista até
poderia fazer sozinho, se isso não tomasse seu tempo ou comprometesse
sua discrição.
Uma das fórmulas mais antigas dessa prática chega até nós diretamente
da cultura caldea, ela foi revista e re-adaptada pela tradição hebraica
criando a figura do Golem - uma criatura moldada em barro e presenteada
com o sopro da vida, numa repetição humana do mito da criação. A
criação de um Golem possui um sentido hermético, pois nela a criatura
criada (o ser humano) repete o método de seu criador e, assim, se faz
assim semelhante a Deus. Ela moldaria no barro uma imagem à sua
semelhança e lhe imbuiria com seus propósitos. Ela escreveria em sua
testa ou peito as letras
(Vida, Verdade, Alma) e em seguida repetiria certas formulas de poder que teriam sido ditas ao
Adam
Kadmon no princípio dos tempos. O resultado é um boneco vivo, pronto
para receber as ordens do feiticeiro. Conta-se ainda que ao cumprir seu
propósito o feiticeiro simplesmente apagava a primeira letra da palavra e
transformaria em (Morte,
Vazio) e a criatura voltaria a ser uma mera figura de barro inanimada. O
Golem mais famoso foi o criado por Judah Loew ben Bezalel, o rabino de
praga.
Na idade média a idéia do Golem evoluiu para a do Homúnculo,
praticamente um Golem de proporções reduzidas. Os três grandes segredos
dos alquimistas eram: a pedra filosofal, o elixir da vida e o homúnculo.
Ou seja, a transformação, a eternidade e a criação da vida, novamente
atributos divinos. A história registrou diversas receitas para a criação
do homúnculo. Paracelso dizia fazer isso com sémen fechado em um vaso e
aquecido em esterco de cavalo durante 40 dias. Johanned Dippel, dizia
que este feito só poderia ser realizado se o sémen fosse injetado em
ovos de galinha e tivesse o orifício coberto com sangue menstrual. Seja
como for todas estas receitas são, à moda alquimista, altamente
simbólicas e continham boas doses de distrações propositais.
Com o renascer do ocultismo no século XXI, os Homúnculos deram lugar
às chamadas Formas-Pensamento, onde apenas a força de Vontade do magista
bastaria para criar vidas ou símbolos que tenham uma existência
independente, e possam interagir com o mundo e com a mente de outras
pessoas, como idéias contagiosas. Isso se deve, entre outras coisas à
influência oriental, especialmente graças as tulpas tibetadas. Uma tulpa
dentro de algumas escolas do budismo esotérico é, assim como um Golem
ou Homúnculo, uma entidade criada por um feiticeiro. Alexandra
David-Neal descreve em seu livro, "Mistério e Magia do Tibet", um caso
problemático no qual criou uma tulpa durante uma viagem ao oriente, no
formato de um monge tibetano. A experiência saiu do controle quanto o
monge foi se tornando cada vez mais independente e agressivo. Nos grupos
ocultistas ocidentais modernos, essas tulpas e
formas-pensamentos, acabaram substituindo as técnicas antigas de caçar e
dominar elementais naturais (como as consagradas pela Golden Dawn) e
deram origem às práticas de criação e uso de Elementais Artificiais.
Uma aproximação contemporânea
Os métodos usados na prática magica para na criação destes elementais
artificiais variam tanto quanto a própria tradição mágica varia hoje.
Entretanto é possível enxergar um esqueleto constante por trás de todas
estas receitas. É este esqueleto que usei para criar o método abaixo.
Note que o que mostrarei aqui é algo bem diferente do que Aleister
Crowley chamou de Homúnculo no liber CCCLXVII, que basicamente é uma
forma ritualística de ter um filho com "a essência de uma força
particular escolhida e com todo o conhecimento e poder de sua esfera". O
procedimento a seguir, por sua vez, utiliza antigas ideias em uma
roupagem contemporânea. Não é melhor nem pior do que os métodos
anteriores mas creio ser mais apropriada ao estilo dos magistas de hoje.
Concepção
Se você quer colocar alguém no mundo é bom saber o que está fazendo. A
maior parte das histórias documentadas sobre golems, homunculos e
tulpas que deram errado, o fizeram por conta de uma criação vaga sem
propósitos bem definidos. Mente vazia é a oficina do diabo,
especialmente se uma mente for tudo o que você é. O comportamento destes
seres é semelhante ao das crianças pequenas, o tédio pode fazer com que
eles procurem encrenca e causem problemas. Assim como elas, um
homúnculo deve ser mantido sempre ocupado. Para garantir isso você pode
escrever instruções precisas de qual o propósito e procedimentos dele em
um pedaço de papel. Inclua todas as diretivas necessárias e tente ser
tão preciso quanto possível, trate este manuscrito como se fosse um
documento legal. Lembre-se que a palavra Golem quer dizer literalmente
"Tolo", então não de margens a más interpretações. Esta será sua
Diretiva Primária. A missão de vida do ser que está para nascer. Nesse
documento lembre-se também de incluir no topo o nome do seu elemental.
Sinta-se à vontade para incluir alguma fórmula antiga que tenha alguma
significância para você, mas não há necessidade de se criar um Sigilo
com a carta. Lembre-se: um homúnculo não é um Sigilo, são duas práticas
mágicas bem diferentes. Um Sigilo é uma abstração usada em encantamentos
enquanto que um Homúnculo é uma entidade inteligente. Um sigilo precisa
ser esquecido, um homúnculo não pode ser.
Encarnação
Será agora necessária a confecção de um ninho: uma base física para
sua criação. Pode ser um pequeno vaso, totem, estatueta ou boneco por
exemplo. A razão disso é que com esse ninho você ganha um controle maior
sobre o homúnculo. Pode dar de presente para quem quiser proteger, pode
deixar escondido ou exposto em um local específico onde ele deve atuar
e, mais importante, pode destruí-lo com mais facilidade eliminado-o -
caso as coisas saiam do controle. Esta estátua será como que o elo
físico da entidade mental, então seu nascimento deve estar ligado a ela,
assim, coloque o documento com a Diretiva Primária dentro dela de
alguma forma.
Concentre no homúnculo material enquanto mergulha na sua mente e use
os métodos que melhor lhe convierem para entrar em um transe tão
profundo quanto possível. Permaneça assim por algum tempo e então
imagine um cordão prateado saindo do ninho e subindo como uma planta que
brota ou uma serpente que se ergue. Na ponta superior do cordão
prateado observe o nascimento do novo ser. Não crie uma imagem na sua
mente, deixe que ela brote por si só e ganhe forma na sua imaginação.
Não force nada neste momento pois não há forma errada. Você precisa ter
em mente que uma vez iniciado, o processo ganha vida própria, neste
momento você passa a ser um espectador da nova criatura. Entretanto a
forma não deve exibir movimentos nem sinais de vida, sendo por enquanto
apenas uma casca vazia, um corpo mental sem força de vida.
Quando sentir que ela se já manifestou sua forma finalizada,
visualize-a então da forma mais detalhada que puder evocar em sua mente.
Novamente, os sempre negligenciados exercícios de visualização e
concentração se mostrarão uma valiosa ferramenta do magista. Você só
deve ficar satisfeito quando em sua cabeça estiver claro a forma, cor,
cheiro, textura e todos os detalhes do seu homúnculo como se estivesse
vendo uma pequena pessoa em coma ou dormindo na sua frente flutuando na
ponta do cordão que brota do ninho.
Estando satisfeito cubra o ninho e deixe-o em um lugar onde não será perturbado por ninguém.
Crescimento
Sua pulpa foi criada, ela agora precisa crescer em força e direção.
Esta parte é muito importante por você desejará
instalar e perceber os processos vitais dentro de seu criado,
despetando-o. Existem três formas de se fazer isso, a primeira é
aproximar-se do ninho, fazê-la brotar do cordão e então compartilhar com
ela por algum tempo suas próprias funções autônomas. Sua respiração, as
batidas do seu coração, etc. Outra forma que me foi passada é encontrar
algum cadáver fresco atropelado no asfalto e levá-lo aos pés do ninho.
Concentre-se então nele, e veja a força vital que se desvanecesse subir
e ser inalada pela criatura no topo fio. Após isso deixe o cadáver aos
pés do ninho para que esse aprenda a vida através da morte. O terceiro
método é usar o estímulo sexual, (não apenas o orgasmo) direcionando sua
energia para a estátua e então para seu pequeno golem através do cordão
ao seu elemental. Mentes criativas conseguirão misturar estes
procedimentos ou ainda criar outros. O processo de crescimento deve
ser de pelo menos uma semana e intercalado com seções de visualização
que reforcem a encarnação do passo anterior.
Seja qual for o método que escolher ele será acompanhado de uma certa
animação do seu homúnculo que começará a se mexer, respirar, murmurar,
etc.. Ao chegar neste ponto, com a voz da mente chame a criatura pelo
nome que escolheu. Ela deverá abrir os olhos e você deverá agora já ser
capaz de vê-la controlando seus proprios movimentos e explorando o mundo
ao seu redor. Neste momento algumas interações interessantes começarão a
acontecer. Isto pode tomar uma quantia considerável de tempo, paciência
e energia. Se necessário o proesso de crescimento pode continuar depois
do despertar do seu elemental. Contudo, qualquer coisa
além de uma repetição mensal depois de estabilizado não é aconselhada
pois pode acabar viciando-o.
Instrução
Depois da fase do crescimento e sempre que os serviços da entidade
forem necessários é aconselhável incorporar práticas específicas para a
instrução do servidor. É neste momento que você recorrerá sempre que
precisar que a tulpa realize algo para você. Tenha certeza de que as
tarefas que você passar coincidam com a Diretiva Primária. Não crie uma
entidade com o objetivo genérico de conseguir dinheiro e então
abandone-a sem instruções, pois você pode acabar numa disputa judicial
com seus irmãos pela herança da sua mãe morta - que coincidentemente
estava viva antes de você criar seu servo. Se uma tulpa tivesse, por
exemplo, como seu principal objetivo encontrar uma parceira sexual, na
fase da instrução a pessoa lhe evocaria em um ritual e lhe ordenaria que
garantisse sucesso na balada deste sábado.
Outras pessoas preferem criar um código, uma palavra específica que
dificilmente - de preferência NUNCA - surgiria em diálogos do dia a dia,
como forma de evocar o tulpa. Imagine que você cria um servo para
protegê-lo, e de repente se vê no meio de um tumulto, uma manifestação,
arrastão, avalanche ou na iminência de sofrer algum tipo de violência.
Chame o seu guardião com a palavra. Essas palavras chave podem ser, por
exemplo ORROCOS - uma palavra inexistente, mas fácil de ser lembrada, já
que é socorro escrito ao contrário. Desta forma você consegue um
contato mais pontual com sua criação.
Pessoalmente prefiro métodos mais simples nos quais após um período
meditativo eu entro em sintonia com a criatura e o diálogo deixa de ser
necessário e eu apenas peço auxílio e ela sabe o que fazer. Outras
pessoas contudo podem preferir protocolar isso com uma vocação enoquiana
ou algum comando simples. Lembre-se de mantê-la ocupada passando
instruções semanais. Se você não tem instruções para passar para o
homúnculo ele não tem mais razão de existir, isso nos leva para a última
etapa.
Reabsorção
Finalmente, você chegará a um ponto em que desejará absorver a
criatura. Por ser uma experiência dolorosa, as entidades não querem ser
absorvidas. Isto é considerado natural, devido ao trabalho que você teve
na criação delas. Quando não é feito do modo correto é aqui que
aparecem os grandes desastres deste tipo de ilustração. Pois a forma
pensamento pode se recusar a partir obcecada com sua própria existência.
Quem pode culpá-las?
Dai a importância da estátua, pois sua destruição equivale à absorção
do homúnculo através de sua psiquê. Essa destruição do ninho pode ser
feita em um contexto ritual, tendo a em mãos e repetindo inúmeras vezes a
sentença do seu intento, enquanto compreende mentalmente que tanto o
desejo como o ser "encarnado" eram desde o principio parte de você. A
inteligência dele era a sua inteligência. O poder dele era seu poder.
Visualize-o dissolvendo-se em um estado de energia pura que você absorve
para dentro de você. Tudo isso deve acontecer em uma atmosfera
satisfatória onde você possa fazê-lo tão intensa e efetivamente quanto
possível. É crucial você ter certeza de que está bem protegido
fisicamente contra algum ataque psíquico. Quanto estiver convencido que o
ser era uma projeção sua, quebre a estátua e livre-se dela.
Faça um último ritual de banimento da sua preferência. As
possibilidades deste tipo de prática são tão grandes quanto a multidão
de seres que existe em cada um de nós
.
É um “elemental artificial”. Um fragmento da imaginação somada a Vontade
de seu criador,dotado de vida e consciência própria e encarregado de
uma função.
Esta entidade terá como meta de existência o cumprimento ou
desenvolvimento da tarefa designada. Desta forma,sua vida-útil se
encerra junto a tarefa e a entidade deve ser eliminada.
Manter uma entidade sem objetivo viva é algo realmente perigoso. Ao
tomar consciência da ausência de razões para existir ela tentará achar
uma por si só – normalmente vampirizar a energia que a criou,tornando a
vida de seu criador um Inferno.
Mas existem exceções. Tarefas sem fim,muito longas ou que possuam
variação,tal como proteger um local,ou drenar um alvo podem fazer com
que a entidade seja mantida por mais tempo,no entanto se recomenda q a
“meia vida” destas nunca ultrapasse 1 ano,ou menos. Por isso, a criação
acidental ou involuntária (que ocorre com frequência com o uso errôneo
da mesa ouija ou similares) se torna um problema em potencial.
-Egrégoras:
Egrégoras são formas pensamento Coletivas ("olha o Slender Man ai gente"). Quando mais de uma pessoa é
envolvida em sua criação,independente do método utilizado. Normalmente
são usadas por grupos ocultistas ou Covens para proteção. Quanto maior a
quantidade de pessoas envolvidas,mais poderosa a Egregora será.
Ela é uma manifestação da imaginação dos membros envolvidos,tendo uma aparência definida por estes junto a sua função.
O grande problema de uma Egregora é quando ela é criada acidentalmente e
não possui meios de se controlar. E ela passa a afligir o grupo de
todas as formas possíveis,ressentida por sua criação acidental.
É impossível para o criador banir uma Egregora. Como parte de sua
mente,ele não tem para ONDE ser banido,voltando sempre a seu ponto de
origem.
A unica forma de destruí-la é da mesma forma q foi criada: O ato ou
objeto que simulou a criação da vida deve ser findada, simulando sua
morte. E cada membro deve “assassinar” a Egregora em sua mente,e passar a
ignora-la de todas as formas possíveis,como se ela houvesse de fato
morrido. Desta forma,sem a “atenção” necessária para alimenta-la e sem
acontecimentos atribuídos a ela para “alimenta-la” ela estará condenada a
voltar para o ponto de onde veio, ou seja a mente de seus criadores.