O Carbúnculo é
uma espécie de animal mítico que teria sido avistado na América do Sul
pelos primeiros conquistadores espanhóis. Carbúnculos são geralmente
descritos como pequenos animais, como gatos, cães ou até aves. O que
torna um carbúnculo diferente dos animais comuns é uma jóia que ele
possui encravada em sua testa. Esta
jóia lhe confere habilidades especiais, como a capacidade de emitir
raios de luz e também sentir a emoção e a personalidade das pessoas. O
carbúnculo usa seus raios de luz para cegar pessoas gananciosas que
estejam à procura de sua jóia, mas caso encontre com uma pessoa humilde
e de bom coração, a sua jóia cai de sua testa e ele a entregará
pacificamente a essa pessoa.
No Brasil, especificamente no Rio Grande do Sul, existe uma lenda sobre um carbúnculo, conhecida como "A Salamanca do Jarau". No
tempo dos padres jesuítas, existia um moço sacristão no Povo de Santo
Tomé, na Argentina, do outro lado do rio Uruguai. Ele morava numa cela
de pedra nos fundos da própria igreja, na praça principal da aldeia. Certo
dia, o sacristão viu uma criatura sair das águas de uma lagoa vizinha.
Ela era parecida com um lagarto, só que enorme e tinha em sua cabeça uma
jóia tão brilhante que fazia ofuscar as vistas.
Apesar
da dificuldade em capturá-lo, o sacristão conseguiu apoderar-se dele e
levá-lo para casa. Ali, ele descobriu, deliciado, que o Carbúnculo tinha
o poder de dar riquezas infinitas ao seu possuidor, além de
transformar-se, à noite,numa linda mulher.O sacristão, então, passou a
devotar todos os seus cuidados à criatura sobrenatural, esquecendo-se de
Deus e dos homens. A inveja, porém, falou mais forte, e os homens da
cidade decidiram prender o ex-sacristão, condenando-o à morte. O
Carbúnculo, porém, veio em seu socorro e, depois de espalhar a morte e a
devastação, raptou o amigo das mãos dos seus carrascos, desaparecendo
juntamente com ele. Reza a lenda que o sacristão vive até hoje, no Cerro
do Jarau, em meio às riquezas, junto do seu amigo do peito, que à noite
continua a se metamorfosear em bela ninfa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário